sexta-feira, 25 de maio de 2012

O NÓ DO AFETO


O NÓ DO AFETO

 Era uma reunião numa escola. A diretora incentivava os pais a apoiarem as crianças, falando da necessidade de presença deles junto aos filhos.

Mesmo sabendo que a maioria dos pais e mães trabalhava fora, ela tinha convicção da necessidade de acharem tempo para os seus filhos.

Foi então que um pai, com seu jeito simples, explicou que saía tão cedo de casa, que seu filho ainda dormia, e quando voltava o pequeno, cansado já adormecera.

Explicou que não podia deixar de trabalhar tanto, pois estava cada vez mais difícil sustentar a família. E contou como isso o deixava angustiado, por praticamente só conviver com o filho nos fins de semana.

O pai, então falou como tentava redimir-se, indo beijar a criança todas as noites, quando chegava em casa. Contou que cada beijo, ele dava um pequeno nó no lençol, para que seu filho soubesse que ele estivera ali. Quando acordava, o menino sabia que seu pai o amava. E era o nó o meio de se ligarem um ao outro.

Aquela história emocionou a diretora da escola que, surpresa, verificou ser aquele menino um dos melhores e mais ajustados dos alunos da classe. E a fez refletir sobre as infinitas maneiras que pais e filhos tem de se comunicarem, de se fazerem presentes na vida uns dos outros.

Para refletir...

O pai encontrou sua forma simples, mas eficiente, de se fazer presente, o mais importante, de que seu filho acreditasse na sua presença.

Para que a comunicação se instale, é preciso que os filhos “ouçam” o coração dos pais ou responsáveis, pois os sentimentos falam mais alto do que as palavras. É por essa razão que um beijo, um abraço, um carinho, revestidos de puro afeto, curam até dor de cabeça, arranhão, ciúme do irmão, medo do escuro, etc.

Uma criança pode não entender certas palavras, mas sabe registrar e gravar um gesto de amor, mesmo que este seja um simples nó.

E você? Tem dado um nó no lençol do seu filho?

(Autor: Eloi Zanetti)

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